Apreciando a beleza dessa linda borboleta, ao fotografá-la, me veio a lembrança de um artista brasileiro que encarou a realidade nua e crua da ditadura militar. Trata-se de Benito de Paula. Isso mesmo, aquele hoje tido como brega e cafona pela opinião pública atual. Benito de Paula em 1977 gravou pela Copacabana COLP o Disco PROTEÇÃO ÀS BORBOLETAS. Tema da música que mais tarde viera a fazer sucesso pelo Brasil todo, porém, foi proibida de ser tocada na Argentina, devido a repressão ainda existente naquele país.
Eu sou como a borboleta
Tudo o que eu penso é liberdade
Não quero ser maltradado,
nem exportado desse meu chão
Minhas asas, minhas armas,
não servem para me defender
As cores da natureza pedem
ajuda pra eu sobreviver
Você que me vê voando
Como a paz de uma criança
Você sabe a minha idade
Eu sou sua esperança
A ordem da humanidade
não deve ser destruída
quando eu voar me proteja
sou parte da sua vida
Tudo o que eu penso é liberdade
Não quero ser maltradado,
nem exportado desse meu chão
Minhas asas, minhas armas,
não servem para me defender
As cores da natureza pedem
ajuda pra eu sobreviver
Você que me vê voando
Como a paz de uma criança
Você sabe a minha idade
Eu sou sua esperança
A ordem da humanidade
não deve ser destruída
quando eu voar me proteja
sou parte da sua vida
Frases como "Tudo que eu penso é liberdade", "não quero ser maltratado” e “minhas asas, minhas armas”, soaram muito subversivas para serem ouvidas num país que vivia o auge da repressão militar naquela ocasião.
Que interessante, Álvaro! eu conhecia...e não conhecia realmente o Benito de Paula. Adorei o post!
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